quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Comida? Autorizada!


Olá a todos!
Finalmente e após 27 dias de dieta forçada, a comida volta à minha vida, como o filho pródigo regressa a casa, com alguma timidez e pouco à vontade, mas devidamente autorizada.
Hoje foi dia de consulta, a médica disse que estava tudo bem e que só tenho de voltar lá, depois da quadra festiva que se avizinha.
Desculpem a ausência, mas não tenho grande coisa para contar. Por aqui só cheira a Natal quando vejo os anúncios da Popota, o que me deixa nostálgica,  pois graças ao mais que tudo, nos últimos anos o Natal começava a 1 de Novembro, data em que se fazia a árvore, se enfeitava a casa e soavam as músicas de Natal, que tantas vezes me puseram os nervos em franja. Aqui não há Pinheirinho, nem luzes, nem Pai Natal mas pelo que tenho visto, das notícias da Pátria, este meu sentimento deve estar a ser partilhado por muitos residentes do país à beira mar plantado.
Crises nostálgicas e reais, à parte, o motivo porque não há grande animação, por aqui, é simples: Estamos aqui…Para compor a festa, tem estado um tempo de porcaria, com imensa chuva, que me fez ficar durante 4 horas sem luz, uma noite destas. E por falar em chuva, também tem havido muitas inundações cá por casa, mas são de papel, com tanta coisa que me forçam a ler para as cadeiras do Mestrado.
Há dois dias, o nosso mundo tremeu, tivemos um sismo que fez o impossível:  Acordou o maridão!
Também não tenho ido ao ténis, não por preguiça, mas porque quem não come, não tem energia para gastar, tenho dito! Agora para compor o quadro, só espero que no Natal ninguém me venha dizer, que quem não come, não tem prendinhas!
Assim, o nosso divertimento tem passado, pela internet, televisão, Playstation; livros, muitas fotocópias, e  alguns jantares com os Tugas, se bem que para um deles, tive de levar a minha companheira Cerelac, mas enfim, valeu pela companhia.
Durante a convalescença também descobri, pela fonte do costume, mais alguns aspectos curiosos da cultura deste país, mas como não me lembro de todos ficam os dignos de registo:
Ao que parece, no dia daquele casamento, que a minha fonte queria que eu fosse, mas ao qual não fui, houve um jovem que viu a filha dela (da senhora da limpeza), uma piquena de 17 anos que está a acabar o secundário, e como nestas coisas não há tempo a perder, passado uns dias, foi juntamente com a mãe dele, lá a casa, pedir a miúda em casamento.
Segundo relatos da mãe da dona da mão, o pedido foi negado, não porque a miúda é que tem de escolher, não porque não conhece, nem nunca falou com o rapaz, mas sim, porque tem de acabar os estudos e a mãe prefere que ela case com um Turco, mas atenção, esta é apenas uma referencia nacional,isto  porque, segundo ela (mãe), os turcos são boas pessoas e tratam bem as mulheres, mas ainda não escolheram o bendito turco para o casório. Assim, deixo o meu apelo a todos os turcos interessados, façam filas, que a malta quer casórios.
Ainda sobre o casório, que elegantemente declinei o convite, soube uma cusquice, que não posso deixar de partilhar.
Ora, dizem as más línguas, que passado um mês de ter casado, o noivo foi fazer a peregrinação a Meca,  pelo que a agora, sua esposa ( uma jovem bastante ocidentalizada, que nunca usou lenço), tem de se vestir adequadamente, que em linguagem corrente significa, andar de hijab, ( e para nós infiéis, significa andar enrolado num lençol), caso contrário, e na melhor das hipóteses, haverá falatório, no bairro.
Neste momento, só me ocorre um pensamento: É tão bom casar com homens, que nos amam ao ponto de irem, por nós, a Meca e tudo, para que nunca tenhamos cancro de pele …
Até breve a todos desta vez, com muitas saudades…

2 comentários:

  1. Sem me alongar muito, gostaria de a informar que já reservei o Marginalissimo e o, chamar-lhe-ia, "Enfarta Brutos do Marisco" da Ericeira, para dias consecutivos para que essa crazy belly volte a grandes noites de forrobodó compulsivo! beijinho

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  2. Viva O marginalissimo! Viva o marisco! Mas um Viva, ainda maior, para os amigos fantásticos que fazem da minha vida, uma doce vida...Com ou sem palito.

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