terça-feira, 4 de outubro de 2011

De Volta...

Olá a todos,
Sejam muito bem vindos à rentrée, do Argel aqui me tens, que esteve em stand by, durante algumas semanas, mas que hoje decidi, fazer renascer das cinzas.
Como muitos sabem, estive de férias em solo luso, férias essas muito produtivas, com direito a muito sol; um casamento; o nascimento de três lindos bebés, farra com os amigos e parte da família; compras; mas mais importante que tudo, foi termos conseguido carregar baterias, para mais uma temporada, por estas bandas.
Até podia adiantar-vos, que por aqui tudo se passa com tranquilidade, não fossem as intermináveis obras, do andar de cima, que me acordam,todos os dias, religiosamente, às 8 da manhã, com a sensação de que tenho um martelo pneumático, a perfurar-me o cérebro, e o pior, é que o som é constante até às 15:00, assim como o meu mau humor. O mais estranho é, que há 4 meses, encontrei o proprietário do andar, que me garantiu, que as reconstruções, estavam quase a terminar. Se bem, que o mais provável, é que as obras tenham começado há 10 anos, e por isso, os dois anos que se seguem, funcionem como uma espécie, de trabalhos finais…
Outra das novidades é que esta semana tive uma companhia, é a esposa de um português, que veio duas semanas ver o marido, e como ele trabalha todos os dias, ela tem vindo cá para casa, de quando em vez. Ora, numa destas tardes, decidi levá-la a conhecer a Didouche Mourad, uma zona de lojas aqui de Argel. O passeio até não correu mal, mas a verdade é que a missão era fazer compras, mas voltamos para casa com menos 75 dinares no bolso, cerca de 0,75 cêntimos, valor que paguei por 8 bolos, cuja história vos contarei mais à frente.
A verdade é que entramos em todas as lojas, e mercados, mas não conseguimos encontrar nada que nos tivesse feito o clic, o que no meu caso é preocupante, mas à excepção das lojas de souvenirs, que só valem a pena, para quem quer ter uma recordação de Argel, e não para quem sonha que a Argélia, venha a ser apenas, uma recordação; não vimos nada que valesse a pena. Alturas houve, em que pensei que fosse um problema meu, mas agora tive a prova, de que não sou a única. E só me fez relembrar, porque nunca me apetece sair aqui.
Quanto à história dos bolos, é mais do mesmo, ou seja, entramos numa pastelaria para comprar bolos, eu peço 4 bolos, e o tipo coloca 8 no saco e diz-me que os 4 bolos são extra, em troca do meu nº de telemóvel. Eu reiterei o pedido de 4, e apenas 4 bolos, mas ele continuou na lengalenga, paguei 75 dinares, vim para casa com 8 bolos e ele ficou atrás do balcão, sem o Número de telefone.
Enfim, os argelinos fieis a si próprios, aqui basta ser-se mulher, não importa idade, peso, beleza, altura, inteligência ou carácter, não são esquisitos, só são estranhos. Mas o segredo é sorrir, fazemos de conta que não percebemos, que somos retardadas, e continuamos a sorrir, o máximo que pode acontecer é pensarem que somos oferecidas, mas na cabeça deles, o simples facto de sermos estrangeiras já é motivo para nos colocarem um carimbo, por isso, nem vale a pena perder tempo a pensar no assunto, as coisas e as pessoas só têm o valor que lhes damos. E eu…prefiro ser feliz.
Esta semana, fomos também a uma recepção, com cerca de 100 convidados, e foi o momento, mais simpático da semana. Estavam imensos estrangeiros, mas também, havia alguns portugueses, pelo que a festa acabou com um jogo de buzz, e boa disposição, que diga-se, faz muita falta ,por estes lados.
Ontem, o Príncipe das Arábias foi fazer jus ao pseudónimo e abandonou-me, rumo a uma cidade chamada Tamanrasset, a mais de 2000 km de Argel. Que medo! Mas felizmente, já está a caminho do lar, no mediterrâneo.
Acho que já vos contei as partes mais interessantes, da curta estadia. Mas como ainda não vos falei de uma figura icónica, aqui do blog, a Sr.ª da limpeza, cumpre informar, que ela está na azia comigo, porque me trouxe um convite, para ir a um casamento, de um primo do marido dela,( ambos personagens que desconheço), e como eu tive de declinar, ela está a amarrar o burro, mas isto passa é só dar-lhe tempo, por isso nada de pânico.
Adito apenas, que não foi por má fé ou xenofobia, que não aceitei o convite, até porque me parece uma experiência sociológica interessante, para vos vir aqui relatar, mas outras oportunidades virão, e desta vez já tinha planos.
Abreijos para todos.

3 comentários:

  1. Amigos, mil desculpas pelo texto corrido. Mas este blog está completamente impossível, não consigo editar os textos, editar parágrafos, definições, nada de nada. Desculpem todos aqueles que escrevem comentários e depois não conseguem publicar.
    Vou tentar resolver este assunto. Até lá fiquem com as minhas desculpas e o texto não editado.

    Para os que querem comentar, tentem escrever o texto na caixa, e onde diz Comentar como: escolham, Nome/URL; coloquem o vosso nome, no campo nome, e façam enviar comentário. Caso não consigam comentar, digam-me via facebook.
    Obrigada

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  2. Obrigada por este blog existir pois assim sinto me mais perto do meu amor que tá a trabalhar aí em Argel. Continue sempre a dar notícias daí que é quase vital para mim. Merci et um beijo da nossa santa terrinha.

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  3. Parabéns pelo o blog, está otimo o tópico. Adorei!

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