quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Respeito

 

Boa tarde para todos,

Não posso deixar de expressar publicamente, o meu profundo pesar sobre a situação que se está a viver, em Londres. O que estão, aqueles marginais a fazer à cidade dos meus sonhos? Sempre disse que adoraria morar na capital inglesa, é uma espécie de fetiche recalcado, tudo me atrai, pessoas altas, magras, peles brancas, cabelos claros, sardas; sotaque a transbordar glamour, pontualidade e cavalheirismo, verdadeiras raridades, que ao que parece, entraram oficialmente, em  vias de extinção.

Não consigo perceber o que se passa com esta malta pirómana, marginal e mal formada, mas de uma coisa sei, estou farta da desresponsabilização: dos direitos, liberdades e garantia lidos e exercidos de forma unilateral, sem atentar à contra-partida que lhes está inerente; não podem existir direitos sem deveres; a nossa liberdade termina quando começa a dos outros, alguém me faz o obséquio de lhes explicar isto.

Ao Sr. David Cameron só gostava de dizer, que basta de alimentar a tese dos costumes brandos, estes “meninos bandidos” precisam de levar umas palmadas bem assentes, para ver se atinam. Se não são capazes, deviam pedir uns conselhos aqui aos argelinos, que eles são, do melhor que já vi, a controlar manifestações.

Congelem as teses dos psicólogos, sociólogos, políticos, os eventuais traumas irreversíveis na personalidade dos “piquenos” vândalos; as tretas justificativas, que os peritos, em comportamentos sociais e humanos,  apelidam de “garrote social”, que comprime os pobre e inocentes adolescentes, de Londres. Estou cansada de ver imagens e nunca vi crianças nos motins, apenas vejo gente que já tem idade e corpo  bastante para ter juízo e educação. O argumento da falta de dinheiro não colhe, ser pobre não é, nem pode ser sinónimo de ser arruaceiro e criminoso, mas na minha humilde opinião, é disso que se trata, de um bando de delinquentes, com plena consciência, do que estão a fazer e que não vão ser responsabilizados pelos crimes que estão a cometer.Pobres miseráveis de espírito!

Sim desculpem, eu sei que tenho andado um bocado irritadiça, mas estas coisas mexem-me com os nervos, assim como aquilo que vos vou passar a contar:

Desde que cheguei a esta casa, há mais de 5 meses, que todos os dias acordo com as obras de meu vizinho de cima, até aqui tudo bem, é irritante, mas tem de ser, não conheço obras silenciosas, mas o que me deixa possuída, e que durante estes meses as varandas cá de casa, têm funcionado como caixote de lixo, desde beatas, garrafas de coca-cola, passando por Cd do Michel Jackson, e restos de betão e tijolos, vale tudo, menos arrancar olhos, que é aquilo que me apetece, neste momento…

Para colorir o cenário, tivemos sem água durante quase dois dias, mas como temos sempre de ver o lado bom da vida, hoje ofereceram-nos bilhetes para o circo, e apesar de eu não gostar de palhaços, circo por circo, mais vale assistir a um, que seja feito por profissionais, e esperar, com paciência de bom cristão, que melhores dias virão…

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